Protestos e reclamações na RMN.

Fonte: TN.

O Sindicato de Empresas de Transporte Intermunicipal de Passageiros do Rio Grande do Norte (Setrans-RN) retroagiu e voltou a cobrar a tarifa de ônibus com base na tabela de preços  que vigorava antes do aumento aplicado pela entidade no sábado (18), superior a 14%, sem autorização do órgão competente, no caso, o Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER). A informação foi confirmada pelo DER e pelo próprio sindicato.

Júnior SantosSem autorização do DER, Setrans aplicou aumento de 14 por cento no sábado. Ontem, o valor das passagens voltou ao preço anterior

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Através da assessoria de imprensa, o diretor do DER, Demétrio Torres, justificou a mudança na cobrança de tarifa com uma “falha de comunicação” por parte das empresas. Torres disse que o Estado e os empresários vinham discutindo o reajuste, no entanto eles aplicaram a nova tarifa se embasando no aumento concedido em Natal, sem o consentimento do Governo. 

A assessoria do Departamento também informou que Setrans e Governo do Estado permanecem em negociação para definir como será feito o reajuste tarifário, mas isso não tem data para acontecer. Haverá mais reuniões nesse sentido para que se tome uma decisão. A primeira deve ocorrer hoje. Inicialmente, o Estado afirmou que não se pronunciaria antes de discutir com os empresários a motivação para o aumento sem aviso prévio. No início da tarde, no entanto, Demétrio Torres resolveu se pronunciar.

O aumento pegou os usuários de surpresa no sábado.”Não sabia de nada. Eles não avisam esse aumento. Fui trabalhar e quando subi no ônibus me deparei com a tarifa nova. Acho isso um absurdo”, disse a doméstica Josineide Vicente, 37 anos. Ela mora em Macaíba, mas trabalha em Natal. “Pagava R$ 2,80 e hoje paguei R$ 3,20 pela passagem”, contou o usuário do sistema intermunicipal.

Licitação em Natal

A análise estudo inicial que deu origem ao edital para a licitação que vai nortear o transporte público na cidade do Natal deve ser concluída na semana que vem. Foi o que informou Teles Santos, que integra a comissão de licitação da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). 

De acordo com Santos, somente após a finalização do levantamento acerca do estudo, o Município poderá informar o que ainda pode ser reaproveitado dele para a nova licitação. Isso porque o documento foi alvo de investigação do Ministério Público Estadual durante a Operação Assepsia, deflagrada no ano passado.

As investigações permanecem em curso, sob segredo de Justiça. Segundo o MPE, à época haveria ocorrido um beneficiamento na licitação. O estudo custou aos cofres públicos R$ 1 milhão, sendo realizado pela empresa paulista Oficina Consultores. Teles Santos disse que ainda não há como precisar se será possível embasar o novo edital em qualquer parte do estudo inicial. Todas as tabelas e números estão sendo revistos pela comissão.