O sistema ferroviário de Natal passará por uma modernização. É o que garante a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Estado ao apresentar o projeto executivo de arquitetura e de engenharia nas linhas gerais do sistema. O projeto consiste em quatro etapas, mas somente a primeira parte do projeto será contemplada.
A etapa 1 atenderá as linhas atuais que cobre os municípios de Natal, Parnamirim, Extremoz e Ceará-Mirim, num total de 56 quilômetros. O projeto elaborado, por seis meses, pelo professor Enilson Medeiros, doutor em Transporte da UFRN junto a seis técnicos da CBTU prevê a mudança nas estações e vias férreas.
“Acredito que no começo do ano será lançado o processo de licitação para os projetos no primeiro trecho que terá recurso de R$ 6 milhões. Tivemos uma licitação no último dia 5 e foi frustada, as três empresas que concorreram não tinham capacidade técnica. Agora, por ser um investimento maior, acredito que haverá mais empresas”, justificou o superintendente do órgão no estado, João Maria Cavalcanti.
Após a licitação e elaboração dos projetos, que devem durar no mínimo seis meses, será aberta a licitação para a execução das obras, que custarão, aproximadamente, R$ 320 milhões. “A empresa ganhadora irá executar do jeito que nós queremos”, afirmou João Maria.
Com o novo projeto, o sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) já estão incluídos. “Doze VLT’s já foram comprados pelo PAC equipamentos por R$ 154 milhões. Agora eles tão sendo fabricados em Barbalha, no Ceará”, e acrescentou a vinda de duas locomotivas para fazer o trecho Nova Natal até Ceará-Mirim.
João Maria enumera as diversas vantagens da implantação do projeto no Rio Grande do Norte com a utilização dos VLT’s e crê que o potiguar utilizará mais o transporte público. Ele falou que a previsão é que 50 mil pessoas utilizem o transporte por dia, hoje, a estimativa é de sete mil pessoas.
“O cidadão não vai enfrentar engarrafamento, por ser um tipo de metro de superfície, vai esperar menos tempo nas estações. Queremos que o VLT passe a cada 15 minutos. A estação será climatizada e com conforto. Isso irá contribuir para o deslocamento da cidade”, garantiu o superintendente que conta que o preço da passagem de R$ 0,50 não irá mudar.
Porém, o superintendente da CBTU/RN afirmou que “somente em 2017 todo o sistema será implantado” pela limitação de tempo.
“Nós trabalhamos contra o tempo, o problema não é recurso, mas sim o tempo para liberá-lo. Estrutura de ferrovia não é tão simples de executar, tem tempo”, declarou João Maria.
No projeto que será apresentado quinta-feira (19), o órgão apresentará todo o projeto com as quatro etapas e suas sete linhas férreas, com a possibilidade de integração entre ônibus. As obras devem custar cerca de R$ 500 milhões.
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