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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um beatle esteve entre nós.

Fonte: TN.


Pode não ter sido de repente, afinal não foi tão fácil assim pisar no gramado do Arruda, no último sábado, em Recife (PE), mas quando  a imagem de um Paul McCartney gigante surgiu nos telões cantando "Magic Mistery Tour", algo realmente mágico e misterioso parece ter tomado as quase 60 mil pessoas - ou pelo menos a grande maioria delas - espalhadas no bonito estádio do Santa Cruz. Paul estava entre nós.
DivulgaçãoPaul McCartney subiu ao palco vestindo um terno que remetia diretamente aos tempos de Beatles e com seu tradicional baixoPaul McCartney subiu ao palco vestindo um terno que remetia diretamente aos tempos de Beatles e com seu tradicional baixo

Havia uma sensação estranha, de questionamento de tempo e espaço. Afinal, até bem pouco atrás poderia parecer improvável assistir a um show de um Beatle no calor nordestino, ouvindo-o conversar com o público em português, exaltando Luiz Gonzaga, chamando o povo de arretado ou até mesmo empunhando uma bandeira de Pernambuco.

Passado o baque inicial, só restara se jogar e aproveitar cada segundo daquela oportunidade. Seja empunhando seu mítico contrabaixo Hofner com corpo de violino, ou tocando guitarra, violão, bandolim e piano, Paul cantou clássicos de diversas fases dos Beatles, canções do The Wings ou de sua carreia-solo. 

Lógico que as canções dos Beatles mexiam mais com a plateia. Foi assim com "All my loving", "Got you get you into my life", "Night before", "Paperback writer". Mais ainda com "And I love her", "Eleanor Rigby", "Obla di obla da", "Yellow Submarine") sem contar com as sempre arrebatadoras "Yesterday" e "Hey Jude".

Houve momentos de homenagem para sua  atual esposa, Nancy ("My Valentine", do seu mais recente CD, "Kisses from the botton"), em memória a Linda McCartney ("Maybe I'm Amazed"), e aos ex-companheiros de banda George Harrison ("Something") e John Lennon ("Here Today").

Numa apresentação longa como o show da turnê "On the run", com 3h de duração, há momentos em que o público tende à dispersão e, alguns momentos. E em Recife isso também ocorreu, principalmente nas canções menos conhecidas do The Wings e do próprio Paul. 

As ilhas de venda de bebidas foram atacadas com tamanha voracidade pelo público ao ponto de faltar cerveja - uma falha considerável para uma produção do porte da turnê "On the run". Na pista premium, logo à frente do palco (R$600,00, a entrada inteira), havia gente que realmente parecia não ter noção do que estava acontecendo ou em que show estava. Enquanto uns choravam, outros colocavam o o assunto em dia. E sem joias para balançar, como um dia provocou Lennon, diante da rainha.


Nas enormes filas para acesso ao estádio José do Rego Maciel havia todo tipo de fã, da criancinha no colo do pai a senhoras, cadeirantes e pessoas vestidas com os trajes dos Beatles em Sgt Pepper's. O show de Paul em Recife foi um dos mais importantes realizados no Nordeste nos últimos; então, nada mais comum de haver representantes de vários estados, em caravanas de ônibus e vans fretados. A natalense Raíssa Tâmisa reuniu alguns amigo e fretaram transporte para o Recife. Ela já havia assistido ao show de Paul ano passado, no Rio de Janeiro.

Ela achou o público no Rio de Janeiro e o próprio Paul mais "enérgicos" do que no último sábado em Recife. "Nos dois shows, Paul falou bastante com o público e foi muito simpático, só que dessa vez veio com o português mais afiado! apesar das turnês serem diferentes, o setlist era bem parecido" Perguntada sobre pontos em comum entre as duas apresentações, ela não titubeou em afirmar: "O mais comum nos dois shows pra mim foi a depressão  shows foi a depressão pós-Paul que ambos deixaram."

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